No Brasil o fato praticamente não foi noticiado ou repercutido, mas é de extrema importância para o combate ao tráfico de animais silvestres no mundo.
“A autoridade islâmica na Indonésia emitiu um parecer jurídico baseado na lei muçulmana, contra a caça ilegal e o tráfico de espécies selvagens ameaçadas na nação do Sudeste Asiático.
A agência de notícias France-Presse relatou que o Conselho indonésio condenou tais atividades como “antiéticas, imorais e pecaminosas”.
A National Geographic considerou esse decreto islâmico “sem precedentes” e disse ter chegado durante um período de crescente criminalidade relacionada com a vida selvagem. A Indonésia, uma vasta nação de arquipélagos que compõem cerca de 17.500 ilhas e 250 milhões de pessoas, possui uma grande variedade de fauna e flora, muitas das quais estão sob ameaça de extinção como o orangotango e o tigre de Sumatra. Foi observado também que elefantes selvagens foram caçados ilegalmente para a retirada de suas presas de marfim, geralmente enviadas para a China, onde elas têm – supostamente – uso medicinal. A Indonésia está enfrentando a superexploração dos recursos marinhos pela pesca excessiva e a degradação de seu ecossistema.
“Todas as atividades resultantes da extinção da vida selvagem sem motivos religiosos justificáveis ou disposições legais são haram (proibidos). Estas incluem a caça ilegal e o comércio de animais ameaçados de extinção”, diz Asrorun Ni’am Sholeh, secretário da comissão do Conselho. “Quem tira uma vida, mata uma geração. Isso não se restringe aos seres humanos, mas também inclui outros seres vivos de Deus, especialmente se eles morrem em vão”.
O Conselho (Conselho indonésio de Ulama, principal órgão clerical muçulmano da Indonésia – comentário do Fauna News) insiste que o governo de Jacarta supervisione a proteção do meio ambiente e revise as licenças concedidas a empresas que foram acusadas de agredir o meio ambiente, além de processar os madeireiros ilegais e traficantes de animais selvagens. “Este procedimento legal é emitido para dar uma explicação, bem como uma orientação, a todos os muçulmanos na Indonésia sobre a perspectiva da lei sharia em questões relacionadas à conservação animal”, disse Hayu Prabowo, presidente do Conselho Ambiental de Recursos Naturais, de acordo com a National Geographic. “As pessoas podem escapar da regulamentação do governo, mas não podem escapar da palavra de Deus”.
Sob as leis da Indonésia, o tráfico ilegal de animais silvestres pode levar até cinco anos de prisão e uma multa de 100 milhões de rúpias (8,5 mil dólares).” – texto da matéria “Muçulmanos da Indonésia exigem proteção aos animais selvagens”, publicada em 11 de março de 2014 pelo site da revista The São Paulo Times
Haraam para os muçulmanos é o mesmo que um pecado grave para os cristãos. A manifestação oficial dos líderes muçulmanos do país (chamada fatwa) foi resultado de uma viagem que fizeram em setembro de 2013 à Sumatra (Ilha indonésia). Ela foi organizado pela Universidade Nacional da Indonésia (TANU), a WWF- Indonésia, e da Aliança Britânica de Religiões e Conservação.
O mercado negro de animais no Sudeste Asiático é extremamente ativo, sendo talvez o mais forte do mundo. No país, orangotangos, rinocerontes e tigres estão entre as principais vítimas.
Já que poder público não investe em fiscalização e conscientização e as leis dos homens não são suficientes para combater com eficiência o tráfico de fauna e a caça, que as leis divinas tenham sucesso.
- Leia a matéria na íntegra do The São Paulo Times
- Leia a matéria da National Geographic sobre o assunto (em inglês)
“A autoridade islâmica na Indonésia emitiu um parecer jurídico baseado na lei muçulmana, contra a caça ilegal e o tráfico de espécies selvagens ameaçadas na nação do Sudeste Asiático.
A agência de notícias France-Presse relatou que o Conselho indonésio condenou tais atividades como “antiéticas, imorais e pecaminosas”.
O inferno: mercado Jatinegara, em Jacarta, capital da Indonésia
Foto: Mark Leong/National Geographic
A National Geographic considerou esse decreto islâmico “sem precedentes” e disse ter chegado durante um período de crescente criminalidade relacionada com a vida selvagem. A Indonésia, uma vasta nação de arquipélagos que compõem cerca de 17.500 ilhas e 250 milhões de pessoas, possui uma grande variedade de fauna e flora, muitas das quais estão sob ameaça de extinção como o orangotango e o tigre de Sumatra. Foi observado também que elefantes selvagens foram caçados ilegalmente para a retirada de suas presas de marfim, geralmente enviadas para a China, onde elas têm – supostamente – uso medicinal. A Indonésia está enfrentando a superexploração dos recursos marinhos pela pesca excessiva e a degradação de seu ecossistema.
“Todas as atividades resultantes da extinção da vida selvagem sem motivos religiosos justificáveis ou disposições legais são haram (proibidos). Estas incluem a caça ilegal e o comércio de animais ameaçados de extinção”, diz Asrorun Ni’am Sholeh, secretário da comissão do Conselho. “Quem tira uma vida, mata uma geração. Isso não se restringe aos seres humanos, mas também inclui outros seres vivos de Deus, especialmente se eles morrem em vão”.
O Conselho (Conselho indonésio de Ulama, principal órgão clerical muçulmano da Indonésia – comentário do Fauna News) insiste que o governo de Jacarta supervisione a proteção do meio ambiente e revise as licenças concedidas a empresas que foram acusadas de agredir o meio ambiente, além de processar os madeireiros ilegais e traficantes de animais selvagens. “Este procedimento legal é emitido para dar uma explicação, bem como uma orientação, a todos os muçulmanos na Indonésia sobre a perspectiva da lei sharia em questões relacionadas à conservação animal”, disse Hayu Prabowo, presidente do Conselho Ambiental de Recursos Naturais, de acordo com a National Geographic. “As pessoas podem escapar da regulamentação do governo, mas não podem escapar da palavra de Deus”.
Sob as leis da Indonésia, o tráfico ilegal de animais silvestres pode levar até cinco anos de prisão e uma multa de 100 milhões de rúpias (8,5 mil dólares).” – texto da matéria “Muçulmanos da Indonésia exigem proteção aos animais selvagens”, publicada em 11 de março de 2014 pelo site da revista The São Paulo Times
Haraam para os muçulmanos é o mesmo que um pecado grave para os cristãos. A manifestação oficial dos líderes muçulmanos do país (chamada fatwa) foi resultado de uma viagem que fizeram em setembro de 2013 à Sumatra (Ilha indonésia). Ela foi organizado pela Universidade Nacional da Indonésia (TANU), a WWF- Indonésia, e da Aliança Britânica de Religiões e Conservação.
O mercado negro de animais no Sudeste Asiático é extremamente ativo, sendo talvez o mais forte do mundo. No país, orangotangos, rinocerontes e tigres estão entre as principais vítimas.
Já que poder público não investe em fiscalização e conscientização e as leis dos homens não são suficientes para combater com eficiência o tráfico de fauna e a caça, que as leis divinas tenham sucesso.
- Leia a matéria na íntegra do The São Paulo Times
- Leia a matéria da National Geographic sobre o assunto (em inglês)
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