A pavimentação e reabertura do trecho dem9,36 km da estrada que liga Cunha (SP) a Paraty (RJ) e corta o Parque Nacional da Serra da Bocaina é polêmico mas vai acontecer, provavelmente, no segundo semestre de 2015. Uma das preocupações de ambientalistas, do Ibama e do ICMBio (que administra a unidade de conservação) é o atropelamento de fauna.
Algumas medidas estão sendo tomadas para evitar o problema.
“Ecologicamente planejada, com liberação de órgãos ambientais, a estrada tem 9 metros de largura. Na semana passada, já alcançava cerca de dois quilômetros de piso zerado, a partir da divisa dos Estados de São Paulo e Rio. A pista de rodagem, de 6 metros, ladeada por uma calçada de um metro e mais uma calha lateral de 50 centímetros, é trabalhada no bloquete de concreto. O piso especial foi exigência do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio) para que o ruído dos pneus iniba a travessia dos bichos e evite atropelamentos e a rodovia deve ficar pronta no segundo semestre de 2015. Mas a obra, executada pelo Consórcio Serra da Bocaina e orçada em R$ 84 milhões, já mudou a rotina.” – texto da matéria “A estrada parque que já começa a surgir na rota Cunha-Paraty”, publicada em 16 de março de 2014 pelo site do jornal O Estado de S. Paulo
Outra medida – talvez a principal:
‘(...) “As estimativas do DER do Rio giram em torno de 120 mil veículos por ano na estrada”, afirma o chefe do parque, Francisco Livino. Mas, quando ficar pronta, a passagem será limitada. “Só serão permitidos veículos de passeio, até vans. Não será permitida a passagem de veículos de grande porte, tampouco veículos transportando cargas perigosas”, explica o urbanista e arquiteto que dirige a unidade de conservação, área de preservação de 104 mil hectares de florestas.
De acordo com Livino, o trânsito na área do PNSB será somente durante o dia e com velocidade máxima de 30 km/h. Essa medida, segundo ele, vai reduzir os “riscos de atropelamentos de animais silvestres”. As duas pontas da estrada “serão guarnecidas por guaritas de controle de acessos”, acrescenta. Haverá ainda a cobrança de pedágio, que Livino chama de “ingresso no parque”, de valor ainda não fixado.’ – texto de O Estado de S. Paulo
Mas nem só de atropelamentos vivem os problemas causados pelas estradas e rodovias em áreas com vegetação e fauna preservadas. Seria bastante interessante que fosse divulgado qual o impacto que a fragmentação da área e o fluxo esperado de veículos causará no hábitat das espécies de animais que vivem na região.
Serão interrompidas rotas migratórias?
Serão interrompidas rotas de busca de alimentação e parceiros para procriar?
A estrada vai interferir na busca de água dos animais?
A emissão de poluentes pode alterar comportamentos do animais que vivem na região?
A abertura e reativação de estradas e rodovias promovem alterações que vão além dos atropelamentos. Será que tudo isso foi pensado?
- Leia a matéria completa de O Estado de S. Paulo
Algumas medidas estão sendo tomadas para evitar o problema.
“Ecologicamente planejada, com liberação de órgãos ambientais, a estrada tem 9 metros de largura. Na semana passada, já alcançava cerca de dois quilômetros de piso zerado, a partir da divisa dos Estados de São Paulo e Rio. A pista de rodagem, de 6 metros, ladeada por uma calçada de um metro e mais uma calha lateral de 50 centímetros, é trabalhada no bloquete de concreto. O piso especial foi exigência do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio) para que o ruído dos pneus iniba a travessia dos bichos e evite atropelamentos e a rodovia deve ficar pronta no segundo semestre de 2015. Mas a obra, executada pelo Consórcio Serra da Bocaina e orçada em R$ 84 milhões, já mudou a rotina.” – texto da matéria “A estrada parque que já começa a surgir na rota Cunha-Paraty”, publicada em 16 de março de 2014 pelo site do jornal O Estado de S. Paulo
Pavimentação da estrada Cunha-Paraty
Foto: Clarice Castro
Outra medida – talvez a principal:
‘(...) “As estimativas do DER do Rio giram em torno de 120 mil veículos por ano na estrada”, afirma o chefe do parque, Francisco Livino. Mas, quando ficar pronta, a passagem será limitada. “Só serão permitidos veículos de passeio, até vans. Não será permitida a passagem de veículos de grande porte, tampouco veículos transportando cargas perigosas”, explica o urbanista e arquiteto que dirige a unidade de conservação, área de preservação de 104 mil hectares de florestas.
De acordo com Livino, o trânsito na área do PNSB será somente durante o dia e com velocidade máxima de 30 km/h. Essa medida, segundo ele, vai reduzir os “riscos de atropelamentos de animais silvestres”. As duas pontas da estrada “serão guarnecidas por guaritas de controle de acessos”, acrescenta. Haverá ainda a cobrança de pedágio, que Livino chama de “ingresso no parque”, de valor ainda não fixado.’ – texto de O Estado de S. Paulo
Mas nem só de atropelamentos vivem os problemas causados pelas estradas e rodovias em áreas com vegetação e fauna preservadas. Seria bastante interessante que fosse divulgado qual o impacto que a fragmentação da área e o fluxo esperado de veículos causará no hábitat das espécies de animais que vivem na região.
Serão interrompidas rotas migratórias?
Serão interrompidas rotas de busca de alimentação e parceiros para procriar?
A estrada vai interferir na busca de água dos animais?
A emissão de poluentes pode alterar comportamentos do animais que vivem na região?
A abertura e reativação de estradas e rodovias promovem alterações que vão além dos atropelamentos. Será que tudo isso foi pensado?
- Leia a matéria completa de O Estado de S. Paulo
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