O mais conhecido impacto das estradas e rodovias na fauna silvestres é o atropelamento. Mas as consequências vão muito além.
Ao cortar o hábitat de uma espécie animal, a estrada pode dificultar e impedir o deslocamento em busca de alimentos, de parceiro para reprodução, de local para dormir e de água. Pode também isolar populações, não permitindo a troca genética entre indivíduos de grupos diferentes, promovendo endogamia (cruzamento entre parentes). Esse fenômeno pode dificultar a adaptação dos animais frente a mudanças ambientais, facilitando extinções locais.
Os ruídos produzidos pelo tráfego de veículos é um impacto raramente divulgado ou levado em conta em estudos de impacto ambiental dos empreendimentos. Para as aves é um fator que não pode ser desconsiderado.
Foto: Thinkstock/Getty Images
Veja o resultado de um estudo realizado em Idaho, nos EUA, onde os cientistas escolheram um trecho de 500 metros na crista de uma longa montanha e colocaram 15 grupos de alto-falante ligados a amplificadores reproduzindo os sons de uma estrada.
“(...) o barulho típico de uma estrada, mesmo na ausência da estrada propriamente dita, afasta os pássaros do local. Quanto maior o nível do ruído, mais distantes ficam os pássaros, e quanto mais parecido com o ruído da estrada for o canto de um pássaro, mais ele vai evitar pousar perto da via.
Talvez você ache esse efeito pequeno. Mas lembre: o efeito nocivo aos pássaros se estende por 300 metros de cada lado da estrada. Se 83% dos locais nos EUA estão a menos de mil metros de uma estrada, é fácil deduzir que em uma grande fração do território dos EUA o ruído das estradas já altera o comportamento dos pássaros. Um prato cheio para os estudos de impacto ambiental.” - texto do artigo “Via fantasma assusta aves“, escrito pelo biólogo Fernando Reinach publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 28 de dezembro de 2013
Será que, mesmo sabendo dessas consequências, deixariam de construir uma estrada ou mudariam seu traçado?
- Leia o artigo completo de Fernando Reinach
Ao cortar o hábitat de uma espécie animal, a estrada pode dificultar e impedir o deslocamento em busca de alimentos, de parceiro para reprodução, de local para dormir e de água. Pode também isolar populações, não permitindo a troca genética entre indivíduos de grupos diferentes, promovendo endogamia (cruzamento entre parentes). Esse fenômeno pode dificultar a adaptação dos animais frente a mudanças ambientais, facilitando extinções locais.
Os ruídos produzidos pelo tráfego de veículos é um impacto raramente divulgado ou levado em conta em estudos de impacto ambiental dos empreendimentos. Para as aves é um fator que não pode ser desconsiderado.
Foto: Thinkstock/Getty Images
Veja o resultado de um estudo realizado em Idaho, nos EUA, onde os cientistas escolheram um trecho de 500 metros na crista de uma longa montanha e colocaram 15 grupos de alto-falante ligados a amplificadores reproduzindo os sons de uma estrada.
“(...) o barulho típico de uma estrada, mesmo na ausência da estrada propriamente dita, afasta os pássaros do local. Quanto maior o nível do ruído, mais distantes ficam os pássaros, e quanto mais parecido com o ruído da estrada for o canto de um pássaro, mais ele vai evitar pousar perto da via.
Talvez você ache esse efeito pequeno. Mas lembre: o efeito nocivo aos pássaros se estende por 300 metros de cada lado da estrada. Se 83% dos locais nos EUA estão a menos de mil metros de uma estrada, é fácil deduzir que em uma grande fração do território dos EUA o ruído das estradas já altera o comportamento dos pássaros. Um prato cheio para os estudos de impacto ambiental.” - texto do artigo “Via fantasma assusta aves“, escrito pelo biólogo Fernando Reinach publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 28 de dezembro de 2013
Será que, mesmo sabendo dessas consequências, deixariam de construir uma estrada ou mudariam seu traçado?
- Leia o artigo completo de Fernando Reinach
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