“As aves migratórias como o Bigodinho (Sporophila lineola), Caboclinho Lindo, Papa Capim, Chorona, Coleirinho Mineiro, Gaturão, Acorda Negro, entre outras, que vem se reproduzir no estado da Paraíba no período chuvoso corre risco de extinção. O alerta é do Ambientalista Aramy Fablicio que conhece bem essas aves e as observa desde a década de setenta. Segundo ele, cada ano que passa diminui o número de aves migratórias devido aos predadores humanos que apreendem ou caçam essas aves para comercializar clandestinamente. Os capturadores de aves estão cada vez mais com equipamentos sofisticados, como gaiolas com até 12 alçapões, redes que capturam de beija-flor a gavião, o que importa é a quantidade e a biodiversidade de aves capturadas, pois assim se ganha mais dinheiro. O mais preocupante é que essas capturas ocorrem justamente no período da reprodução.
“O alvo dos predadores é a ave Bigodinho, por ser uma ave de canto alto e belo e de uma plumagem que chama a atenção. O Bigodinho habita campos abertos e se alimenta de sementes de capim. Eles migram dos campos abertos da Venezuela para se alimentar e se reproduzir aqui no estado da Paraíba. Ele demarca seu território onde faz o ninho, por isso se torna presa fácil para os predadores humanos. Quando capturadas são vendidas para compradores das cidades e até são exportadas para outros países. Para conseguir capturar as aves, os traficante além de capturar, aliciam moradores da zona rural em troca de alguns reais. Alguns jovens deixam até de estudar para capturar animais por ver nesse negócio uma forma lucrativa. Na zona rural de Fagundes, os predadores vêm até do vizinho estado de Pernambuco para capturar os animais. Muitos moradores já estão tomando consciência e até já expulsaram os traficantes. O que preocupa é que em outras cidades os moradores não têm essa mesma consciência”, explica o ambientalista Aramy Fablicio.” – texto do artigo “Aves migratórias, perigo de extinção”, publicada em 8 de abril de 2014 pelo site O Concierge
Em muitas regiões do Brasil, a pobreza é uma aliada do tráfico de animais. Moradores acabam seduzidos por uns poucos trocados para capturar e coletar animais silvestres para traficantes profissionais. Essas pessoas têm nessa atividade um complemento de renda sazonal.
Para esses casos, a repressão e a educação ambiental, apesar de necessárias, não seriam suficientes para acabar com a atividade. O poder público teria de investir em projetos de geração de renda ou incentivar a iniciativa privada a atuar nessas regiões (o que resultaria em empregos e salários).
O tráfico de fauna é um problema complexo e seu combate depende de várias frentes: legislação realmente punitiva, repressão, educação ambiental, projetos de geração de renda, e infraestrutura para o pós-apreensão. E tudo isso que profissionais comprometidos.
Difícil e sem apoio.
- Leia o artigo de O Concierge
Bigodinho: ave muito traficada
Foto: Dario Sanches
“O alvo dos predadores é a ave Bigodinho, por ser uma ave de canto alto e belo e de uma plumagem que chama a atenção. O Bigodinho habita campos abertos e se alimenta de sementes de capim. Eles migram dos campos abertos da Venezuela para se alimentar e se reproduzir aqui no estado da Paraíba. Ele demarca seu território onde faz o ninho, por isso se torna presa fácil para os predadores humanos. Quando capturadas são vendidas para compradores das cidades e até são exportadas para outros países. Para conseguir capturar as aves, os traficante além de capturar, aliciam moradores da zona rural em troca de alguns reais. Alguns jovens deixam até de estudar para capturar animais por ver nesse negócio uma forma lucrativa. Na zona rural de Fagundes, os predadores vêm até do vizinho estado de Pernambuco para capturar os animais. Muitos moradores já estão tomando consciência e até já expulsaram os traficantes. O que preocupa é que em outras cidades os moradores não têm essa mesma consciência”, explica o ambientalista Aramy Fablicio.” – texto do artigo “Aves migratórias, perigo de extinção”, publicada em 8 de abril de 2014 pelo site O Concierge
Em muitas regiões do Brasil, a pobreza é uma aliada do tráfico de animais. Moradores acabam seduzidos por uns poucos trocados para capturar e coletar animais silvestres para traficantes profissionais. Essas pessoas têm nessa atividade um complemento de renda sazonal.
Para esses casos, a repressão e a educação ambiental, apesar de necessárias, não seriam suficientes para acabar com a atividade. O poder público teria de investir em projetos de geração de renda ou incentivar a iniciativa privada a atuar nessas regiões (o que resultaria em empregos e salários).
O tráfico de fauna é um problema complexo e seu combate depende de várias frentes: legislação realmente punitiva, repressão, educação ambiental, projetos de geração de renda, e infraestrutura para o pós-apreensão. E tudo isso que profissionais comprometidos.
Difícil e sem apoio.
- Leia o artigo de O Concierge
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