Para o poder público é muito cômodo quando gente como o veterinário André Luiz Carvalho Amparado se dispõe a, sem ganhar nada financeiramente, fazer o trabalho dos governantes. Para quem se envolve com a fauna, isso é rotina. São profissionais e ONGs que, por amor, lutam pela conservação e bem estar dos silvestres.
“Uma fêmea de lobo-guará que foi atropelada está recebendo tratamento em uma clínica veterinária de Passos (MG). Para a surpresa dos veterinários, o animal, considerado sob risco de extinção, está esperando um filhote.
“Fizemos alguns exames e constatamos hemorragia interna que estamos tratando, fratura no fêmur e que ela está prenha”, detalha o veterinário André Luiz Carvalho.
Este é o segundo lobo-guará que chega à clínica para tratamento em menos de 10 dias. Uma outra fêmea também vítima de atropelamento em Claraval (MG) foi tratada e solta de volta à natureza nesta quarta-feira (23).
O veterinário se dedica a cuidar de animais vítimas da violência e também do trânsito sem cobrar nada. Na clínica em Passos, animais como macacos, aves, cobras e jabutis recebem tratamento. André serve de apoio para a Polícia Ambiental e todos os animas resgatados nas estradas e matas são levados para a clínica dele.” – texto da matéria “Fêmea de lobo-guará atropelada recebe tratamento em Passos, MG”, publicada em 24 de abril de 2014 pelo portal G1
É correto não esperar que o poder público faça tudo. Cidadania significa que as pessoas também devem atuar pela construção de uma sociedade melhor. Mas isso não permite que os Estado deixe de cumprir suas obrigações. E é o que está acontecendo com a gestão da fauna brasileira.
Os governantes não criam e investem o suficiente em projetos para reduzir os grande número de atropelamentos de animais em estradas e rodovias ou para desestimular o tráfico de fauna. Também pouco, ou quase nada, é aplicado em infraestrutura para receber bichos feridos ou apreendidos.
O resultado desse descaso oficial é o massacre da biodiversidade brasileira. Estimativa do Centro brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas indica que 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados todos os anos nas estradas e rodovias do país. A Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) calculou em 2001 que, anualmente, 38 milhões de silvestres são retirados da natureza para abastecer o mercado negro de fauna.
Perante problemas dessa dimensão, gente como o veterinário André Luiz Carvalho Amparado sabe que o poder público não vai se mexer. Pelo contrário, irá se socorrem com seu trabalho, como quando policiais ambientais encontram bichos feridos e os levam para o dedicado profissional. Infelizmente, o empenho dessas pessoas faz com que o Estado se acomode ainda mais.
Afinal, alguém está fazendo o que deveria ser seu trabalho.
- Leia a matéria completa do portal G1 (com vídeo)
“Uma fêmea de lobo-guará que foi atropelada está recebendo tratamento em uma clínica veterinária de Passos (MG). Para a surpresa dos veterinários, o animal, considerado sob risco de extinção, está esperando um filhote.
“Fizemos alguns exames e constatamos hemorragia interna que estamos tratando, fratura no fêmur e que ela está prenha”, detalha o veterinário André Luiz Carvalho.
Veterináro André em entrevista para a EPTV
Imagem: reprodução EPTV / Luciano Tolentino
Este é o segundo lobo-guará que chega à clínica para tratamento em menos de 10 dias. Uma outra fêmea também vítima de atropelamento em Claraval (MG) foi tratada e solta de volta à natureza nesta quarta-feira (23).
O veterinário se dedica a cuidar de animais vítimas da violência e também do trânsito sem cobrar nada. Na clínica em Passos, animais como macacos, aves, cobras e jabutis recebem tratamento. André serve de apoio para a Polícia Ambiental e todos os animas resgatados nas estradas e matas são levados para a clínica dele.” – texto da matéria “Fêmea de lobo-guará atropelada recebe tratamento em Passos, MG”, publicada em 24 de abril de 2014 pelo portal G1
É correto não esperar que o poder público faça tudo. Cidadania significa que as pessoas também devem atuar pela construção de uma sociedade melhor. Mas isso não permite que os Estado deixe de cumprir suas obrigações. E é o que está acontecendo com a gestão da fauna brasileira.
Os governantes não criam e investem o suficiente em projetos para reduzir os grande número de atropelamentos de animais em estradas e rodovias ou para desestimular o tráfico de fauna. Também pouco, ou quase nada, é aplicado em infraestrutura para receber bichos feridos ou apreendidos.
O resultado desse descaso oficial é o massacre da biodiversidade brasileira. Estimativa do Centro brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas indica que 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados todos os anos nas estradas e rodovias do país. A Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) calculou em 2001 que, anualmente, 38 milhões de silvestres são retirados da natureza para abastecer o mercado negro de fauna.
Perante problemas dessa dimensão, gente como o veterinário André Luiz Carvalho Amparado sabe que o poder público não vai se mexer. Pelo contrário, irá se socorrem com seu trabalho, como quando policiais ambientais encontram bichos feridos e os levam para o dedicado profissional. Infelizmente, o empenho dessas pessoas faz com que o Estado se acomode ainda mais.
Afinal, alguém está fazendo o que deveria ser seu trabalho.
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