sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Aves no aeroporto lembram a falta de estrutura do poder público e a impunidade

Há momentos em que fica difícil comentar uma notícia. Duas informações merecem atenção em “PF prende homem com 390 pássaros no Aeroporto JK, em Brasília”, publicada 29 de janeiro de 2014 pelo portal G1.

“A Polícia Federal prendeu na noite desta terça-feira (28) um homem de 50 anos que tentava embarcar com 390 pássaros, no Aeroporto Juscelino Kubitscheck, em Brasília. O suspeito foi liberado depois de assinar um termo de compromisso, mas voltou à superintendência da corporação com alpiste para as aves, por temer que elas não fossem alimentadas, segundo a PF.

Malas apreendidas com as aves
Foro: Ricardo Moreira/G1

O homem tentava embarcar para João Pessoa, na Paraíba, com três malas grandes onde estavam as gaiolas com filhotes e aves adultas, aparentemente de canários da terra, de acordo com a corporação.”

A primeira: o suspeito voltou à PF para alimentar as aves. Isso faz lembrar a total ausência de equipes e profissionais prontos para atender animais apreendidos ainda durante o registro das ocorrências. É regra que os bichos ficam horas amontoados em delegacias sem cuidados até serem levados para algum centro de triagem ou ONG. Estressados, desidratados, com fome e, às vezes, machucados, essas vítimas do mercado negro acabam morrendo em grandes quantidades nas horas seguintes por causa dessa falta de atenção do poder público.

A outra informação, menos técnica, é a ousadia desse homem. Tentar despachar 390 aves em malas e achar que não vai ser descoberto é burrice, ingenuidade (que pode ser descartada, afinal ele já tem passagem pelo mesmo crime ambiental) ou confiança em um esquema com funcionários corruptos que não deu certo por algum motivo.

- Leia a matéria completa do portal G1

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