quarta-feira, 7 de maio de 2014

Tartarugas apreendidas no Pará: iam para a panela?

“Um esquema de venda ilegal de animais das espécies conhecidas como "tracajá" e "cabeçudo" (cágados), foi desarticulado na localidade Monte Dourado, em Almeirim, no oeste do Pará. Um homem de 33 anos foi preso em flagrante por crime ambiental, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (5). Os animais foram encontrados armazenados na casa do suspeito, em Almeirim. No total, 31 animais vivos, que seriam vendidos foram apreendidos no imóvel.

Tráfico de tartarugas no Pará
Foto: divulgação Polícia Civil PA

Os policiais civis e militares chegaram ao suspeito após investigar informações de que, na região, ocorria o tráfico desses animais, o que configura crime ambiental contra a fauna. Em decorrência do trabalho policial, foi preso o homem de apelido "Coelho". Ele foi flagrado logo após receber um carregamento de cágados.

O suspeito foi conduzido até a Delegacia, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo delegado Arthur do Rosário Braga. Conforme o delegado, o acusado afirmou, em depoimento, ter recebido a carga de um homem, cujo nome afirma desconhecer. Ele alega ainda que mora em uma ilha próxima de Almeirim e que pagou pela mercadoria R$ 887.”
– texto da matéria “Homem é preso com carga de tartarugas para venda, no PA”, publicada em 5 de maio de 2014 pelo portal G1

O tráfico de fauna também inclui animais comercializados ilegalmente para alimentação. A matéria do portal G1 não informa qual seria o destino dos répteis, mas em boa parte da Amazônia ainda ocorre o consumo da carne de tartarugas.

E esse consumo não é feito apenas em comunidades ribeirinhas e população tradicional, que pela falta de acesso a outro tipo de carne recorre a animais silvestres. Muitos restaurantes encomendam essas tartarugas para servi-las como uma iguaria a seus clientes. Esse deve ser o caso, já que foi apreendida uma grande quantidade de animais.

Novamente, a exploração da fauna esbarra em aspectos culturais.

Novamente, percebe-se a necessidade de conscientizar a população dos danos ambientais e dos riscos à saúde consequentes do consumo desses animais.

Cultura e hábitos mudam. Basta vontade do poder público em investir em educação ambiental.

- Leia a matéria completa do portal G1

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