terça-feira, 27 de maio de 2014

Combatendo o tráfico de fauna na origem: a captura de silvestres

A forma ideal de repressão do tráfico de fauna pelos órgãos de fiscalização é atacar antes da captura ou coleta dos animais. Colocar policiais em estradas para interceptar os bandidos e os bichos durante o transporte ou em feiras e outros locais de venda para prender os traficantes no final da cadeira do mercado negro não resolve o pior dos problemas: os animais já foram retirados de seus hábitats e deverão passar por todo um processo para, com sorte, retornar à vida livre.

Isso quer dizer que, quando se apreende um silvestre fora de seu ecossistema de origem, o dano já está feito. Resta tentar reduzi-lo.

E por isso que fiscalizar as áreas de captura e coleta de animais, ovos, larvas e outras formas da fauna é o ideal. E foi isso que realizou a PM Ambiental mineira em Mariana.

“A Polícia Militar de Meio Ambiente de Mariana, na região Central do Estado, apreendeu armas, munição e várias "cevas", armadilhas utilizadas para a captura de animais silvestres, durante uma operação realizada nesse sábado (24). As "cevas" utilizam comida para atrair os animais, que quando se aproximam, são abatidos e vendidos no mercado clandestino, segundo a Polícia Militar do Meio Ambiente.

Ceva para captura de silvestres encontrada em Mariana (MG)
Foto: divulgação PM Ambiental MG

Com o objetivo de combater a caça e a captura de espécies selvagens, os militares fizeram buscas na localidade de Bicas, na zona rural da cidade, onde descobriram várias armadilhas espalhadas pelo terreno conhecido como Fazenda Tesoureiro.

Eles entraram na mata fechada para procurar os responsáveis por armar as "cevas" e, durante a patrulha, encontraram dois homens "empoleirados" no alto de duas árvores. Ao perceber a aproximação dos policiais, os suspeitos fugiram pela mata. Até o momento, ninguém foi preso.”
– texto da matéria “Polícia apreende armadilhas para caça de animais silvestres em Mariana”, publicada em 25 de maio de 2014 pelo site do jornal mineiro O Tempo

Apesar de ninguém ter sido preso, com certeza os traficantes de animais estão incomodados. E essa é a intenção. Mesmo sem ter colocado as mãos nos bandidos, os policiais têm de continuar a fiscalizar as áreas de captura para espantar os infratores.

É um jogo de gato e rato, mas que tem de ser jogado com vontade. Se a fiscalização não for constante, os traficantes voltarão a se sentir confortáveis.

- Leia a matéria completa de O Tempo

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