“Cerca de 130 aves silvestres foram apreendidas na segunda-feira (26) em uma feira livre em Estância, no interior de Sergipe. As pessoas que comercializavam os animais fugiram do local para evitar o flagrante. Entre os animais apreendidos havia alguns da espécie pintassilgo, considerado um pássaro em extinção na região Nordeste.
(...) Entre os pássaros aprendidos estão araras jandairas, velandes , sangue de boi e cabeças. Em algumas gaiolas várias aves dividiam o mesmo espaço e muitos tinham sinais de maus tratos, alguns não resistiram.
Segundo informações do Pelotão Ambiental, 150 aves silvestres já foram apreendidas neste mês de maio, número que chega a 589 de janeiro até a segunda-feira (26). Apesar desses dados, ninguém foi preso. A pena prevista para esse crime é de seis meses a um ano de detenção, além de multa.” – texto da matéria “Mais de 130 aves silvestres são apreendidas em feira livre em Sergipe”, publicada em 27 de maio de 2014 pelo portal G1
O tráfico de animais silvestres em feiras é prática comum em todo o Brasil, com destaque para os municípios nordestinos. Combate a esse crime é falho, pois o poder público atua praticamente apenas com seus aparatos repressivos, esquecendo de investir em educação ambiental (essencial), infraestrutura para o pós-apreensão (como equipes especializadas para atendimento veterinários imediatamente após a apreensão, centros de triagem, áreas de soltura, programas de reintrodução, etc.) e projetos de geração e substituição de renda nas áreas de captura e coleta dos bichos (normalmente bastante carentes).
A repressão, por meio das polícias ambientais e Ibama, também tem sérios problemas. Esses órgãos de fiscalização pouco investem em “inteligência”, coibindo a prática apenas nos pontos de venda e não nas regiões onde ocorre a captura dos animais. Ainda assim, as operações contra quem vende é problemática. A prova está na declaração do policial sergipano:
“Quando percebem a presença do Pelotão Ambiental os suspeitos e se evadem do local e as próprias pessoas que ficam na feira têm receio de apontar que são os criminosos e fica difícil a gente flagrá-los”, afirma o tenente Josenilton de Deus Alves, comandante do Pelotão Ambiental da Polícia Militar.” – texto do portal G1
Chegar com viaturas e fardas nas feiras com certeza faz com que os traficantes fujam Isso é ação de quem não quer prender ninguém. Essa atitude fica evidente com os números apresentados pelo Pelotão Ambiental: 589 aves silvestres apreendidas desde janeiro e nenhuma pessoa respondendo criminalmente por isso.
Já passou da hora de o poder público repensar a forma como combate o mercado negro de silvestres. Mas, para isso, é necessária vontade - inclusive dos legisladores que precisam mudar as leis, fazendo-as realmente punitivas.
- Leia a matéria completa no portal G1
Algumas aves estavam mortas
Imagem: reprodução TV Sergipe
(...) Entre os pássaros aprendidos estão araras jandairas, velandes , sangue de boi e cabeças. Em algumas gaiolas várias aves dividiam o mesmo espaço e muitos tinham sinais de maus tratos, alguns não resistiram.
Segundo informações do Pelotão Ambiental, 150 aves silvestres já foram apreendidas neste mês de maio, número que chega a 589 de janeiro até a segunda-feira (26). Apesar desses dados, ninguém foi preso. A pena prevista para esse crime é de seis meses a um ano de detenção, além de multa.” – texto da matéria “Mais de 130 aves silvestres são apreendidas em feira livre em Sergipe”, publicada em 27 de maio de 2014 pelo portal G1
O tráfico de animais silvestres em feiras é prática comum em todo o Brasil, com destaque para os municípios nordestinos. Combate a esse crime é falho, pois o poder público atua praticamente apenas com seus aparatos repressivos, esquecendo de investir em educação ambiental (essencial), infraestrutura para o pós-apreensão (como equipes especializadas para atendimento veterinários imediatamente após a apreensão, centros de triagem, áreas de soltura, programas de reintrodução, etc.) e projetos de geração e substituição de renda nas áreas de captura e coleta dos bichos (normalmente bastante carentes).
A repressão, por meio das polícias ambientais e Ibama, também tem sérios problemas. Esses órgãos de fiscalização pouco investem em “inteligência”, coibindo a prática apenas nos pontos de venda e não nas regiões onde ocorre a captura dos animais. Ainda assim, as operações contra quem vende é problemática. A prova está na declaração do policial sergipano:
“Quando percebem a presença do Pelotão Ambiental os suspeitos e se evadem do local e as próprias pessoas que ficam na feira têm receio de apontar que são os criminosos e fica difícil a gente flagrá-los”, afirma o tenente Josenilton de Deus Alves, comandante do Pelotão Ambiental da Polícia Militar.” – texto do portal G1
Chegar com viaturas e fardas nas feiras com certeza faz com que os traficantes fujam Isso é ação de quem não quer prender ninguém. Essa atitude fica evidente com os números apresentados pelo Pelotão Ambiental: 589 aves silvestres apreendidas desde janeiro e nenhuma pessoa respondendo criminalmente por isso.
Já passou da hora de o poder público repensar a forma como combate o mercado negro de silvestres. Mas, para isso, é necessária vontade - inclusive dos legisladores que precisam mudar as leis, fazendo-as realmente punitivas.
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