Inversão de valores: o bem material vale mais que uma vida.
“Um Chevrolet Montana ficou com a lateral dianteira danificada após atropelar um animal silvestre no quilômetro 782 da BR-163. O acidente ocorreu, por volta das 3h, e o motorista que seguia sentido Sorriso-Sinop não se feriu.
À Polícia Rodoviária Federal o motorista disse que a anta teria entrado subitamente na pista, provocando a colisão. O animal morreu na hora.” – texto da matéria “Sorriso: veículo fica danificado ao bater em anta na BR-163”, publicada em 1º de maio de 2014 pelo site Só Notícias (MT)
A imprensa, na grande maioria dos casos, reflete os valores da sociedade e seus diversos segmentos. Foi o que aconteceu com a matéria só site Só Notícias: prevaleceu uma leitura antropocêntrica do acidente na BR-163.
O dano a um veículo prevaleceu a morte de um animal silvestre, que ajudou a engordar a dramática estatística do coordenador do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, Alex Bager: 475 milhões de silvestres morrem atropelados todos os anos nas estradas e rodovias brasileiras. O pesquisador, vinculado à Universidade Federal de Lavras (MG), é categórico ao afirmar que os atropelamentos estão entre as principais causas de perda da fauna.
Apesar da dimensão do problema, o jornalista se preocupou com um veículo amassado. Seu motorista não se feriu.
Algo está errado. E bastante errado.
Essa publicação é parte do pensamento que impera na sociedade, onde bens materiais são mais importantes que a vida. Assim como a grande maioria dos brasileiros, o jornalista que escreveu a matéria e seu editor não têm noção do contexto do problema com que se depararam.
Independentemente da dimensão da tragédia que acontece diariamente nas estradas brasileiras, a perda de uma vida sempre será mais importante que uma porcaria de veículo danificado.
- Leia a matéria do Só Notícias
“Um Chevrolet Montana ficou com a lateral dianteira danificada após atropelar um animal silvestre no quilômetro 782 da BR-163. O acidente ocorreu, por volta das 3h, e o motorista que seguia sentido Sorriso-Sinop não se feriu.
O dano material prevaleceu à morte do animal
Foto: divulgação Polícia Rodoviária Federal
À Polícia Rodoviária Federal o motorista disse que a anta teria entrado subitamente na pista, provocando a colisão. O animal morreu na hora.” – texto da matéria “Sorriso: veículo fica danificado ao bater em anta na BR-163”, publicada em 1º de maio de 2014 pelo site Só Notícias (MT)
Morte do animal não tem importância na notíca
Foto: divulgação Polícia Rodoviária Federal
A imprensa, na grande maioria dos casos, reflete os valores da sociedade e seus diversos segmentos. Foi o que aconteceu com a matéria só site Só Notícias: prevaleceu uma leitura antropocêntrica do acidente na BR-163.
O dano a um veículo prevaleceu a morte de um animal silvestre, que ajudou a engordar a dramática estatística do coordenador do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, Alex Bager: 475 milhões de silvestres morrem atropelados todos os anos nas estradas e rodovias brasileiras. O pesquisador, vinculado à Universidade Federal de Lavras (MG), é categórico ao afirmar que os atropelamentos estão entre as principais causas de perda da fauna.
Apesar da dimensão do problema, o jornalista se preocupou com um veículo amassado. Seu motorista não se feriu.
Algo está errado. E bastante errado.
Essa publicação é parte do pensamento que impera na sociedade, onde bens materiais são mais importantes que a vida. Assim como a grande maioria dos brasileiros, o jornalista que escreveu a matéria e seu editor não têm noção do contexto do problema com que se depararam.
Independentemente da dimensão da tragédia que acontece diariamente nas estradas brasileiras, a perda de uma vida sempre será mais importante que uma porcaria de veículo danificado.
- Leia a matéria do Só Notícias
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