Silvestres de Estimação. Esse é o nome de um novo blog lançado em 5 de maio de 2014 e que que passou a ser publicado no site do jornal A Tribuna, da Baixada Santista (SP). Ele será escrito pelos veterinários André Luís P. G. C. Andrade, Camila Marques, Flávio de Souza e Marcella Sanches Paes de Barros, que prometem escrever sobre animais silvestres.
“Nesse blog falaremos sobre essa variedade imensa de animais, suas peculiaridades, longevidade, reprodução e curiosidades. Serão abordados temas como dicas para comprar o animal certo, acessórios, adestramento e a triste realidade do tráfico desses animais.
Outro tema de extrema importância é a saúde de petsilvestres. Muitos proprietários chegam a clínica veterinária com o animai em estado terminal, pois não conseguem identificar os sinais da enfermidade. E quando notam, o processo está muito avançado. Por isso, falaremos sobre saúde e doenças, como identificar sintomas de enfermidades, profilaxia, quarentena, zoonoses (doença que são comuns entres animais e humanos), etc.
Quebraremos vários mitos falando sobre alimentação, recintos e todos os cuidados indispensáveis para a saúde, longevidade e bem estar desses animais tão interessantes.” – texto do post “Petsilvestres”, publicado em 5 de maio de 2014 (o primeiro do blog)
Criar animais silvestres como bichos de estimação é um hábito antigo do brasileiro. Essa cultura foi forjada pela mistura de costumes indígenas e de europeus desde o início de nossa história.
Somente a partir de 1967, com a Lei de Proteção à Fauna (Lei 5.197), é que passou a ser necessária autorização para caça, captura e manutenção de animais silvestres em cativeiro. Quem não a possui comete um crime, hoje também abordado no artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais. Isso quer dizer que existe a possiblidade de as pessoas criarem comercialmente algumas espécies de animais silvestres para venda como pets, sendo portanto legal a criação doméstica desses bichos com comprovação de origem.
O Fauna News não vai questionar se o Silvestres de Estimação está tratando de um hábito ilegal, afinal a lei permite que pessoas criem esses animais como bichos de estimação. O que se questiona é o incentivo à prática.
Deixando claro: o Fauna News é contra a comercialização (inclusive a permitida) de animais silvestres como pets. É um valor ético do blog. Estima-se que 95% do mercado de animais silvestres no Brasil seja ilegal. Outras pesquisas indicam que 60 milhões de brasileiros possuem animais silvestres.
O Silvestres de Estimação, talvez por ser feito por veterinários, tenha a intenção de diminuir o sofrimento dos animais em cativeiro doméstico, proporcionando o mínimo de bem estar aos bichos. Mas os autores devem ter muito cuidado, afinal se veicularem uma vida harmoniosa entre humanos e silvestres em ambiente doméstico podem incentivar o péssimo hábito de manter silvestres em gaiolas, poleiros e correntes.
E quem financia o tráfico é quem compra. E a maioria das pessoas que adquire silvestres é pouco instruída e de camadas menos ricas da sociedade. Portanto, esse público, se desejoso por um silvestre graças a exemplos que a mídia veicula e assim reforça uma cultura problemática, não vai às lojas comprar um papagaio-verdadeiro legalizado de R$ 1.500. Vai às feiras e depósitos comprar um retirado ainda filhote do oco de uma árvore por R$ 150.
É esse costume que faz com que 38 milhões de animais silvestres sejam retirados todos os anos da natureza brasileira para abastecer o mercado negro de fauna (dado de 2001 da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres – Renctas).
Silvestres de Estimação, desculpe, mas seu nome já não ajuda e estimula a cultura do silvestre pet. Que seu trabalho realmente ajude no combate ao tráfico de fauna. A causa precisa de aliados.
Boa sorte!
- Conheça o Silvestres de Estimação
- Leia o post “Petsilvestres”, publicado em 5 de maio de 2014 pelo Silvestres de Estimação
“Nesse blog falaremos sobre essa variedade imensa de animais, suas peculiaridades, longevidade, reprodução e curiosidades. Serão abordados temas como dicas para comprar o animal certo, acessórios, adestramento e a triste realidade do tráfico desses animais.
Outro tema de extrema importância é a saúde de petsilvestres. Muitos proprietários chegam a clínica veterinária com o animai em estado terminal, pois não conseguem identificar os sinais da enfermidade. E quando notam, o processo está muito avançado. Por isso, falaremos sobre saúde e doenças, como identificar sintomas de enfermidades, profilaxia, quarentena, zoonoses (doença que são comuns entres animais e humanos), etc.
Quebraremos vários mitos falando sobre alimentação, recintos e todos os cuidados indispensáveis para a saúde, longevidade e bem estar desses animais tão interessantes.” – texto do post “Petsilvestres”, publicado em 5 de maio de 2014 (o primeiro do blog)
Criar animais silvestres como bichos de estimação é um hábito antigo do brasileiro. Essa cultura foi forjada pela mistura de costumes indígenas e de europeus desde o início de nossa história.
Somente a partir de 1967, com a Lei de Proteção à Fauna (Lei 5.197), é que passou a ser necessária autorização para caça, captura e manutenção de animais silvestres em cativeiro. Quem não a possui comete um crime, hoje também abordado no artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais. Isso quer dizer que existe a possiblidade de as pessoas criarem comercialmente algumas espécies de animais silvestres para venda como pets, sendo portanto legal a criação doméstica desses bichos com comprovação de origem.
O Fauna News não vai questionar se o Silvestres de Estimação está tratando de um hábito ilegal, afinal a lei permite que pessoas criem esses animais como bichos de estimação. O que se questiona é o incentivo à prática.
Deixando claro: o Fauna News é contra a comercialização (inclusive a permitida) de animais silvestres como pets. É um valor ético do blog. Estima-se que 95% do mercado de animais silvestres no Brasil seja ilegal. Outras pesquisas indicam que 60 milhões de brasileiros possuem animais silvestres.
O Silvestres de Estimação, talvez por ser feito por veterinários, tenha a intenção de diminuir o sofrimento dos animais em cativeiro doméstico, proporcionando o mínimo de bem estar aos bichos. Mas os autores devem ter muito cuidado, afinal se veicularem uma vida harmoniosa entre humanos e silvestres em ambiente doméstico podem incentivar o péssimo hábito de manter silvestres em gaiolas, poleiros e correntes.
E quem financia o tráfico é quem compra. E a maioria das pessoas que adquire silvestres é pouco instruída e de camadas menos ricas da sociedade. Portanto, esse público, se desejoso por um silvestre graças a exemplos que a mídia veicula e assim reforça uma cultura problemática, não vai às lojas comprar um papagaio-verdadeiro legalizado de R$ 1.500. Vai às feiras e depósitos comprar um retirado ainda filhote do oco de uma árvore por R$ 150.
É esse costume que faz com que 38 milhões de animais silvestres sejam retirados todos os anos da natureza brasileira para abastecer o mercado negro de fauna (dado de 2001 da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres – Renctas).
Silvestres de Estimação, desculpe, mas seu nome já não ajuda e estimula a cultura do silvestre pet. Que seu trabalho realmente ajude no combate ao tráfico de fauna. A causa precisa de aliados.
Boa sorte!
- Conheça o Silvestres de Estimação
- Leia o post “Petsilvestres”, publicado em 5 de maio de 2014 pelo Silvestres de Estimação
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