“Num caso que começou em 2006, em Niterói, no Rio de Janeiro, a Justiça Federal acolheu pedido do Ministério Público Federal em Roraima (MPF-RR), e determinou a repatriação dos descendentes de uma jiboia rara, pertencente à fauna silvestre brasileira - avaliada em cerca de um milhão de dólares - que foi comercializada, subtraída e exportada para os Estados Unidos. A cobra tem uma mutação genética chamada leucismo, que deixa a pele toda branca e os olhos negros, sendo a primeira jiboia a registrar esse padrão conhecida no mundo.
Em 2009, a serpente achada nas matas do Rio de Janeiro foi retirada do país pelo americano Jeremy Stone, através da fronteira com a Guiana na cidade de Bonfim, em Roraima. Depois de conseguir exportá-la para os Estados Unidos, Stone passou a realizar o cruzamento da espécie leucística com outras jiboias para explorar o alto valor comercial das descendentes. Após pedido de busca e apreensão do MPF-RR, por meio de cooperação internacional, autoridades americanas conseguiram capturar oito filhotes da serpente leucística.
O MP requisitou então à Justiça Federal, no início deste ano, a repatriação das descendentes da jiboia. A intenção do pedido foi recuperar e preservar um patrimônio genético brasileiro, para amenizar dano irreparável à fauna, já que a jiboia subtraída não foi encontrada, de acordo com informação divulgada, nesta segunda-feira (12/5), no site da Procuradoria-Geral da República.
O MPF-RR está adotando as providências necessárias para a efetivação da repatriação dos filhotes que estão apreendidos no zoológico de Salt Lake City, capital do Estado de Utah.” – texto da matéria “Filhotes de jiboia rara contrabandeada para os EUA vão ser repatriados”, publicada em 12 de maio de 2014 pelo site do Jornal do Brasil
O Fauna News publicou dois posts sobre o caso da Princesa Diamante, a jiboia com leucismo traficada por Jeremy Stone (em 8 de outubro de 2013 o texto “Animais raros: o tráfico brasileiro além das feiras” e em 10 de outubro de 2014 o texto “Caso Princesa Diamante: suspeitos de tráfico de jiboia rara são denunciados”).
Para entender o caso:
“O MPF-RR denunciou à Justiça Federal, em outubro do ano passado, quatro envolvidos no tráfico da jiboia rara por crimes contra a fauna e o meio ambiente (furto, contrabando, e fraude processual). De acordo com a investigação, brasileiros Giselda Candiotto e José Carlos Schirmer iniciaram, em julho de 2006 a operação para a comercialização da cobra, logo após os bombeiros terem levado a espécie para o Zoológico de Niterói (Zoonit), onde Giselda era diretora.
A cobra foi vendida e exportada ilegalmente para o americano Jeremy Stone, que teve o apoio da sua irmã Keri Ann Stone na operação que retirou o animal do Brasil. O americano teria pago cerca de um milhão de dólares pelo animal. Na denúncia, o Ministério Público Federal pediu o arbitramento do valor mínimo para reparação do dano em dois milhões de reais.” - texto do Jornal do Brasil
O tráfico de animais raros e caros acontece com frequência, mas de forma muito mais organizada e discreta se comparado com o restante do comércio ilegal de fauna no Brasil. O mais comum é serem noticiadas apreensões de aves em feiras.
O caso da Princesa Diamante, graças ao empenho do funcionário do Ibama Carlos Magno, conhecido como Batata, teve um desenrolar diferente e está se tornando um paradigma: típico para o tráfico internacional e exemplar sobre punição aos envolvidos.
- Leia a matéria completa do Jornal do Brasil
- Releia os posts do Fauna News “Animais raros: o tráfico brasileiro além das feiras”, de 8 de outubro de 2013, e “Caso Princesa Diamante: suspeitos de tráfico de jiboia rara são denunciados”, de 10 de outubro de 2014
Jeremy Stone, acusado de traficar a jiboia
Imagem: Reprodução TV Globo
Em 2009, a serpente achada nas matas do Rio de Janeiro foi retirada do país pelo americano Jeremy Stone, através da fronteira com a Guiana na cidade de Bonfim, em Roraima. Depois de conseguir exportá-la para os Estados Unidos, Stone passou a realizar o cruzamento da espécie leucística com outras jiboias para explorar o alto valor comercial das descendentes. Após pedido de busca e apreensão do MPF-RR, por meio de cooperação internacional, autoridades americanas conseguiram capturar oito filhotes da serpente leucística.
O MP requisitou então à Justiça Federal, no início deste ano, a repatriação das descendentes da jiboia. A intenção do pedido foi recuperar e preservar um patrimônio genético brasileiro, para amenizar dano irreparável à fauna, já que a jiboia subtraída não foi encontrada, de acordo com informação divulgada, nesta segunda-feira (12/5), no site da Procuradoria-Geral da República.
O MPF-RR está adotando as providências necessárias para a efetivação da repatriação dos filhotes que estão apreendidos no zoológico de Salt Lake City, capital do Estado de Utah.” – texto da matéria “Filhotes de jiboia rara contrabandeada para os EUA vão ser repatriados”, publicada em 12 de maio de 2014 pelo site do Jornal do Brasil
O Fauna News publicou dois posts sobre o caso da Princesa Diamante, a jiboia com leucismo traficada por Jeremy Stone (em 8 de outubro de 2013 o texto “Animais raros: o tráfico brasileiro além das feiras” e em 10 de outubro de 2014 o texto “Caso Princesa Diamante: suspeitos de tráfico de jiboia rara são denunciados”).
Para entender o caso:
“O MPF-RR denunciou à Justiça Federal, em outubro do ano passado, quatro envolvidos no tráfico da jiboia rara por crimes contra a fauna e o meio ambiente (furto, contrabando, e fraude processual). De acordo com a investigação, brasileiros Giselda Candiotto e José Carlos Schirmer iniciaram, em julho de 2006 a operação para a comercialização da cobra, logo após os bombeiros terem levado a espécie para o Zoológico de Niterói (Zoonit), onde Giselda era diretora.
Foto de Giselda com Jeremy nos EUA
Imagem: Reprodução TV Globo
A cobra foi vendida e exportada ilegalmente para o americano Jeremy Stone, que teve o apoio da sua irmã Keri Ann Stone na operação que retirou o animal do Brasil. O americano teria pago cerca de um milhão de dólares pelo animal. Na denúncia, o Ministério Público Federal pediu o arbitramento do valor mínimo para reparação do dano em dois milhões de reais.” - texto do Jornal do Brasil
O tráfico de animais raros e caros acontece com frequência, mas de forma muito mais organizada e discreta se comparado com o restante do comércio ilegal de fauna no Brasil. O mais comum é serem noticiadas apreensões de aves em feiras.
O caso da Princesa Diamante, graças ao empenho do funcionário do Ibama Carlos Magno, conhecido como Batata, teve um desenrolar diferente e está se tornando um paradigma: típico para o tráfico internacional e exemplar sobre punição aos envolvidos.
- Leia a matéria completa do Jornal do Brasil
- Releia os posts do Fauna News “Animais raros: o tráfico brasileiro além das feiras”, de 8 de outubro de 2013, e “Caso Princesa Diamante: suspeitos de tráfico de jiboia rara são denunciados”, de 10 de outubro de 2014
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