O tráfico de ovos normalmente está associado às aves, com destaque aos de papagaios e araras. Portugal há anos se transformou no ponto de entrada dessas “mercadorias” para distribuição na Europa. Há espécies em que, cada ovo chega a valer mil euros.
Independentemente do valor, a retirada constante de ovos de qualquer espécie vai gerar impactos à população dos animais envolvidos. Por exemplo, naquele ecossistema poderão ocorrer gerações com poucos indivíduos, que pouco predarão ou representarão a falta de alimento para outras espécies. Além disso, a taxa de reprodução em futuras gerações poderá cair, comprometendo a existência da espécie na região. Se o bicho for endêmico (que existe em uma só área), a situação pode ser ainda mais grave, pois o risco de extinção passa a ser real.
A tais riscos estão expostos os tigres-dágua no Rio Grande do Sul.
“Seis canteiros de ovos de tartaruga da espécie tigre-d'água foram descobertos pela Polícia Ambiental, na localidade de Capão Seco (Saída 52), em meio ao mato. Cada um dos canteiros tem aproximadamente 100 caixas com 50 ovos cada uma, uma média de cinco mil ovos em cada canteiro, o que dá 30 mil ovos, segundo informações do comandante da Polícia Ambiental, coronel Ângelo Silva. Alguns dos ovos já haviam eclodido e as pequenas tartarugas estavam nos canteiros, onde elas aguentariam até sete dias, sem comida e água. A polícia vai investigar de quem é a área onde estão os canteiros.
(...) A polícia chegou ao local através de denúncias, mas o lugar já é conhecido, pois em outra ocasião já foram encontrados canteiros de tartarugas. "Estamos sempre monitorando a área, porque este local é há mais de 100 anos usado para a criação de tartarugas em cativeiro", ressalta o comandante da Polícia Ambiental. As tartarugas saem do canal São Gonçalo para desovar próximo às margens. Os "criadores" identificam os ninhos, fazem a coleta e conduzem aos chamados canteiros.
O coronel enfatizou ainda que há informações de que algumas tartarugas já foram vendidas. "Aqui nesta região, cada uma destas tartaruga vale apenas R$ 5,00. Mas em outras partes do País, chegam a R$ 160,00". O coronel Ângelo solicita ainda que a comunidade denuncie quando souber de alguém que esteja comercializando tartarugas. "Não se deve incentivar esta prática, pois há um grande impacto ambiental. De 10 tartarugas, oito morrem durante o transporte", explica.” – texto da matéria “Trinta mil ovos de tartarugas foram apreendidos no Capão Seco”, publicada em 10 de fevereiro de 2014 pelo site do jornal Agora (Rio Grande - RS)
O tigre-d’água brasileiro não corre risco de extinção atualmente. Mas o hábito por criar esses animais como bichos de estimação é uma pressão que há muitos anos incide sobre a espécie. Infelizmente, para os donos dos terrenos onde os ovos foram encontrados e os traficantes a legislação é branda, cabendo então à educação ambiental a maior responsabilidade para combater esse crime.
Apesar de a redução da demanda ser imprescindível, a fiscalização não pode parar. Afinal, qual o investimento é feito em educação ambiental para combater o tráfico de fauna no Brasil?
- Leia a matéria completa do jornal Agora
Independentemente do valor, a retirada constante de ovos de qualquer espécie vai gerar impactos à população dos animais envolvidos. Por exemplo, naquele ecossistema poderão ocorrer gerações com poucos indivíduos, que pouco predarão ou representarão a falta de alimento para outras espécies. Além disso, a taxa de reprodução em futuras gerações poderá cair, comprometendo a existência da espécie na região. Se o bicho for endêmico (que existe em uma só área), a situação pode ser ainda mais grave, pois o risco de extinção passa a ser real.
A tais riscos estão expostos os tigres-dágua no Rio Grande do Sul.
“Seis canteiros de ovos de tartaruga da espécie tigre-d'água foram descobertos pela Polícia Ambiental, na localidade de Capão Seco (Saída 52), em meio ao mato. Cada um dos canteiros tem aproximadamente 100 caixas com 50 ovos cada uma, uma média de cinco mil ovos em cada canteiro, o que dá 30 mil ovos, segundo informações do comandante da Polícia Ambiental, coronel Ângelo Silva. Alguns dos ovos já haviam eclodido e as pequenas tartarugas estavam nos canteiros, onde elas aguentariam até sete dias, sem comida e água. A polícia vai investigar de quem é a área onde estão os canteiros.
Trinta mil ovos foram coletados para o tráfico de fauna
Foto: Anete Poll
(...) A polícia chegou ao local através de denúncias, mas o lugar já é conhecido, pois em outra ocasião já foram encontrados canteiros de tartarugas. "Estamos sempre monitorando a área, porque este local é há mais de 100 anos usado para a criação de tartarugas em cativeiro", ressalta o comandante da Polícia Ambiental. As tartarugas saem do canal São Gonçalo para desovar próximo às margens. Os "criadores" identificam os ninhos, fazem a coleta e conduzem aos chamados canteiros.
O coronel enfatizou ainda que há informações de que algumas tartarugas já foram vendidas. "Aqui nesta região, cada uma destas tartaruga vale apenas R$ 5,00. Mas em outras partes do País, chegam a R$ 160,00". O coronel Ângelo solicita ainda que a comunidade denuncie quando souber de alguém que esteja comercializando tartarugas. "Não se deve incentivar esta prática, pois há um grande impacto ambiental. De 10 tartarugas, oito morrem durante o transporte", explica.” – texto da matéria “Trinta mil ovos de tartarugas foram apreendidos no Capão Seco”, publicada em 10 de fevereiro de 2014 pelo site do jornal Agora (Rio Grande - RS)
O tigre-d’água brasileiro não corre risco de extinção atualmente. Mas o hábito por criar esses animais como bichos de estimação é uma pressão que há muitos anos incide sobre a espécie. Infelizmente, para os donos dos terrenos onde os ovos foram encontrados e os traficantes a legislação é branda, cabendo então à educação ambiental a maior responsabilidade para combater esse crime.
Apesar de a redução da demanda ser imprescindível, a fiscalização não pode parar. Afinal, qual o investimento é feito em educação ambiental para combater o tráfico de fauna no Brasil?
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