sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Rodoviárias: importantes palcos para o tráfico de fauna

“A Polícia Ambiental prendeu um homem de 56 anos que transportava pássaros silvestres, em Guaçui, no Sul do Espírito Santo. Ele estava com 25 aves dentro de um ônibus, que seguia para o Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (5). O passageiro preso foi levado para a delegacia do município de Jerônimo Monteiro, no Sul do estado. Ele pode pegar de seis meses a um ano de prisão.

Momento da abordagem policial
Foto: Roberto Martins/Polícia Ambiental ES

A Polícia Ambiental recebeu um telefonema anônimo informando em detalhes de que o suspeito capturava pássaros silvestres na localidade de São Domingos, município de Guaçuí para tráfico no Rio de Janeiro, fornecendo seu primeiro nome, características físicas, horário do embarque e que teria cometido o mesmo crime em outras ocasiões.

Uma policial vestiu-se com roupas comuns e embarcou no ônibus, na rodoviária, se passando como passageira, identificando e acompanhando o embarque do suspeito. Os policiais foram acionados por celular, entraram no ônibus e convidaram o suspeito a desembarcar. Foi realizada uma busca em nas bolsas e foi encontrado um transporte de madeira com pequenas divisões com os 25 pássaros silvestres, sendo 20 canários-da-terra, quatro melros e um corrupião.”
– texto da matéria “Suspeito de tráfico de animais é preso em ônibus com 25 aves no ES”, publicada em 6 de fevereiro de 2014 pelo portal G1

Maneira como as aves eram transportadas
Foto: Roberto Martins/Polícia Ambiental ES

O trabalho da Polícia Ambiental do Espírito Santo em identificar e prender o homem foi perfeito. Mas a utilização de ônibus de linhas rodoviárias não é incomum, sendo necessária a realização de ações permanentes de conscientização da população nesses espaços. Não bastam campanhas curtas e esporádicas.

Um trabalho permanente de panfletagem, divulgação de cartazes e de mensagens sonoras para conscientizar a passageiros e frequentadores sobre os problemas do comércio ilegal de silvestres, bem como informar a existência de policiais fiscalizando no local, ajudaria a inibir. Esse trabalho deveria ser realizado nas rodoviárias das capitais e de localidades conhecidas pela existência do mercado negro de fauna (já identificadas em vários levantamentos).

É certo que o investimento não é tão alto. Basta vontade política. Eis o problema.

- Leia a matéria completa do G1

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