segunda-feira, 29 de julho de 2013

Ararajubas nascidas em cativeiro: tentando recuperar o que o tráfico ajudou a destruir

 29 de julho de 2013 - Uma observação: "Existem criadores que reproduzem ararajubas em cativeiro com aparente facilidade, Das duas uma, eles são muito bons nas técnicas de reprodução ou então há muitos indivíduos sendo "esquentados" para o comércio "legal". A notícia do nascimento destes dois indivíduos dá a impressão de um cenário semelhando ao da ararinha-azul, que as populações da espécie estão sendo comprometidas, o que não parece, mas ficará sério se não houver seriedade em fiscalização e iniciativas de conservação." - Marcelo Pavlenco Rocha, presidente da SOS Fauna, envolvido no combate ao tráfico de animais desde 1989

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“Funcionários do Parque Zoobotânico em Parauapebas, sudeste do Pará, comemoram o nascimento em cativeiro de duas Ararajubas. As cores verde e amarelo, aos poucos, começam a ficar definidas nas araras. Um ambiente especial foi preparado para o crescimento dos animais e, por enquanto, o público ainda não pode ter acesso à área do parque onde os filhotes estão. Apenas os pais da espécie acompanham o crescimento dos filhotes.

Ararajubas do Parque Zoobotânico Vale, em Parauapebas (PA)
Foto: site Vale

Desde 2010, quando começaram as primeiras tentativas de reprodução da ararajuba em cativeiro, esta foi a primeira experiência de sucesso. E para a surpresa dos funcionários do parque, foram gerados dois filhotes.

As aves têm três meses de vida e a fase mais difícil já passou.”
– texto da matéria “Ararajubas nascem em cativeiro no parque zoobotânico de Parauapebas”, publicada em 19 de julho de 2013 pelo portal G1

A comemoração é válida e o trabalho mercê os parabéns. Uma pena que a sociedade tenha de comemorar a realização de conquista motivada pela perda.

“A destruição do habitat natural e o tráfico desses animais estão entre os principais motivos que levaram a ave a entrar na lista das espécies ameaçadas de extinção.” – texto do G1

Mas esse sucesso é só um primeiro passo. A difícil reprodução em cativeiro é só o primeiro passo para, quem sabe, repovoar as matas que sobraram do hábitat da espécie. Além disso, a defesa da floresta saudável (com a cadeia alimentar preservada) onde vivem essas aves é essencial para a sobrevivência da espécie.

Repare na dificuldade para consertar os danos do desmatamento e do tráfico de fauna.

- Leia a matéria completa do portal G1 (tem vídeo)

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