terça-feira, 23 de julho de 2013

Trinca-ferro de R$ 6 mil é alvo de ladrão: o preço do bicho e o tráfico

“Um homem foi preso na noite deste domingo (21) em Teresópolis, Região Serrana do Rio, quando tentava roubar um passarinho de uma residência no bairro da Prata. O acusado foi flagrado pelo proprietário da casa, que acionou a Polícia Militar (PM). Ele foi levado à 110ª Delegacia de Polícia, no bairro do Alto, onde o caso foi registrado.

 
Trinca-ferro
Foto: Christian Camargo

Longe de ser um simples passarinho, o ladrão tentava furtar um trinca-ferro, avaliado em R$ 6 mil. O animal era registrado. A ave, segundo especialistas, é altamente valorizada por criadores e também é alvo constante de contrabandistas de animais silvestres. Para a criação em cativeiro é preciso autorização especial do IBAMA.” – texto da matéria “Homem é preso após tentar furtar passarinho em Teresópolis, RJ”, publicada em 22 de julho de 2013 pelo portal G1

Em criadouros legalizados, essas aves custam, pelo menos, R$ 1 mil. Os altos preços de animais criados legalmente é um incentivo ao tráfico, onde os valores são muito mais baixos. Infelizmente, o hábito de criar animais silvestres como bichos de estimação ainda é muito forte e acaba sendo também outro incentivador para a existência do mercado negro.

Há quem defenda a existência de um amplo comércio legalizado de animais silvestres (para abastecer uma demanda por bichos de estimação) como ferramenta para combater o tráfico de fauna. Afinal, segundo os defensores dessa ideia, quem compraria um animal de procedência desconhecida, arriscando-se a contrair doenças e a problemas legais, se existe a possibilidade da compra dentro da lei?

Sem levar em conta a discussão ética sobre o direito à liberdade dos animais, a possibilidade de legalização do comércio de algumas espécies de silvestres tem de ser analisada pensando no preço. É o caso do trinca-ferro. Ou você acha que a maioria dos compradores de animais, cujo nível econômico não permite gastar altas quantias, vai deixar de comprar?

Infelizmente, não. O tráfico vai continuar a existir. E com força.

Isso já acontece com os papagaios-verdadeiros. No mercado negro, a ave custa entre R$ 150 e R$ 250. Em um criadouro legalizado, o preço varia entre R$ 1.800 e R$ 2.500.

Mesmo assim, o Ibama prepara a chamada “lista pet”, que, em breve, deverá ser divulgada pelo órgão com cerca de 100 espécies de silvestres com permissão para o comércio legalizado como bichos de estimação.

Um grande erro!

- Leia a matéria completa do portal G1
- Leia a matéria “Aberta a temporada do tráfico”, publicada na edição 101, de setembro de 2012, da revista Terra da Gente

4 comentários:

Unknown disse...

Nós temos tráfico de animais, de drogas, de armas, de remédios, etc é pela situação social, falta de investimentos em escolas, empregos e demais condições básicas de sobrevivência. Se fosse droga, barra de ouro, carro novo, etc, o crime teria sido cometido da mesma forma.
Todos os animais domésticos foram um dia selvagens e através de anos de seleção genética hoje são domésticos. O tráfico é um crime que prejudica a nossa fauna e todo o ecossistema. Criatórios legalizados, animais vendidos com NF, preço diferente, etc é outra estória. Você pode juntar dinheiro e comprar um carro novo ou pode roubar um. Isso depende de sua cabeça, de sua consciência.

Unknown disse...

Nós temos tráfico de animais, de drogas, de armas, de remédios, etc é pela situação social, falta de investimentos em escolas, empregos e demais condições básicas de sobrevivência. Se fosse droga, barra de ouro, carro novo, etc, o crime teria sido cometido da mesma forma.
Todos os animais domésticos foram um dia selvagens e através de anos de seleção genética hoje são domésticos. O tráfico é um crime que prejudica a nossa fauna e todo o ecossistema. Criatórios legalizados, animais vendidos com NF, preço diferente, etc é outra estória. Você pode juntar dinheiro e comprar um carro novo ou pode roubar um. Isso depende de sua cabeça, de sua consciência.

matheus---dutra@outlook.com disse...

"No mercado negro a ave custa entre R$ 150 e R$ 250" essa informação deveria ser apagada!!! estimula a pessoas a optarem por animais ilegais, visto a comparação/diferença do valor.

Anônimo disse...

Porque nas agropecuarias se vende todos tipos de gaiolas e comidas para passaros silvestres e nao se pede um documento que e criador registrado..Depois o ibama bate na casa da pessoa que nao e registrado quebra gaiola e faz um avoroso. Isso pra mim e tudo comercio...